quinta-feira, 14 de maio de 2020

A FORMAÇÃO DOS ESTADOS MODERNOS

A FORMAÇÃO DOS ESTADOS MODERNOS





RESUMO:

Estado Moderno

O Estado Moderno representa uma nova fase das relações comerciais em alguns países da Europa, além de caracterizar-se pela centralização do poder nas mãos do rei.


O que foi o Estado Moderno? O Estado Moderno foi um conjunto de práticas que reuniu questões econômicas, sociais e políticas.
Por volta do século XVI, a Europa passou por profundas transformações que modificou o modo de vida da população.
As monarquias nacionais surgem no contexto do crescimento das cidades, da intensificação do comércio e do aprimoramento das artes e da ciência.

Formação do Estado Moderno

O Estado Moderno surgiu a partir do declínio do sistema feudal que predominou em toda a Europa durante a Idade Média.
No feudalismo, o poder político, econômico e social se concentrava nas mãos dos senhores feudais. Os feudos (terras) possuíam autonomia política, contudo, alguns poderiam estar submissos a um reino maior.
Os senhores feudais dividiam o seu poder com o governo das cidades medievais autônomas. Tais cidades eram conhecidas por comunas e possuíam autonomia para controlar o comércio, recolher impostos e intervir nos processos judiciais.
crise do sistema feudal consistiu nas revoltas camponesas e no crescimento do comércio europeu.
A partir de então, a burguesia, ainda em ascensão, começa a aspirar por ações que garantam a sua participação nas decisões políticas e que privilegiem o seu status social e econômico. Por isso, surge a demanda de um governo estável.
Outro ponto problematizado pelos burgueses era a cobrança de altos impostos e a variedade de moedas.
Na Idade Média não haviam estados nacionais centralizados. Eles se originaram junto com o período referente à Idade Moderna.
O Estado Moderno nasceu e se desenvolveu junto com o capitalismo mercantil, primeira fase do sistema capitalista, em alguns países europeus.
O seu início foi caracterizado pela centralização do poder nas mãos do rei e pela nova fase das relações comerciais de alguns países da Europa.
A forma de governar dos Estados Nacionais aprofundaram as diferenças entre o Idade Média e a Idade Moderna. Tal governo era caracterizado por:
  • Burocracia administrativa: Administração pública;
  • Aparelhamento das forças armadas: Necessidade de criação de um exército nacional para estabelecer a ordem e proteger de possíveis ataques inimigos;
  • Aparelhamento da estrutura jurídica: Criação de leis;
  • Organização da cobrança de impostos: Tributos cobrados pelo rei.
Países como a França, InglaterraPortugal e Espanha viram seu estados modernos surgirem a partir da segunda metade do século XV.

Fases do Estado Moderno

O Estado Moderno é marcado por quatro fases:
Estado Moderno: Surgiu com desenvolvimento do capitalismo mercantil e defendia a soberania do Estado;
Estado Liberal: Valorizava a autonomia e o direito individual. O Estado não intervém na economia, por isso, é diretamente ligado os interesses da burguesia. Foi desenvolvido durante o Iluminismo (séc. XVII e XVIII);
Crise no Estado Liberal;
Estado Democrático Liberal: Os direitos e as liberdades individuais são reconhecidas e protegidas. O poder político é restringido pelo estado de direito e o processo de eleição é livre e justo, com um processo político competitivo.

Características do Estado Moderno

Algumas características referentes ao Estado Moderno, são:
  • Centralização do poder
  • Soberania do rei
  • Administração unificada
  • Exército único
Veja mais:

A EXPANSÃO MARÍTIMA E O MERCANTILISMO


A EXPANSÃO MARÍTIMA E O MERCANTILISMO








O IMPÉRIO COLONIAL ESPANHOL

O IMPÉRIO COLONIAL ESPANHOL

A REFORMA PROTESTANTE








quarta-feira, 13 de maio de 2020

REVOLUÇÕES INGLESAS







A MINERAÇÃO E O PERÍODO POMBALINO

MÓDULO 9 A MINERAÇÃO E O PERÍODO POMBALINO

INVASÕES ESTRANGEIRAS E INTERIORIZAÇÃO DAS FRONTEIRA

BRASIL COLÔNIA








                           CLICK E ASSISTA AS VÍDEO AULAS






ECONOMIA E SOCIEDADE COLONIAL





CLICK E ASSISTA AS VÍDEO AULAS


RESUMO:


                                                                      
                           ECONOMIA E SOCIEDADE NO BRASIL COLONIAL

ECONOMIA E SOCIEDADE NO BRASIL COLONIAL

ECONOMIA COLONIAL
A colonização implantada por Portugal estava ligada aos interesses do sistema mercantilista, baseado na circulação de mercadorias. Para obter os maiores benefícios desse comércio, a Metrópole controlava a colônia através do pacto colonial, da lei da complementaridade e da imposição de monopólios sobre as riquezas coloniais.

PAU-BRASIL
O pau-brasil era valioso na Europa, devido à tinta avermelhada, que dele se extraía e por isso atraía para cá muitos piratas contrabandistas (os brasileiros). Foi declarado monopólio da Coroa portuguesa, que autorizava sua exploração por particulares mediante pagamento de impostos. A exploração era muito simples: utilizava-se mão-de-obra indígena para o corte e o transporte, pagando-a com bugigangas, tais como, miçangas, canivetes, espelhos, tecidos, etc. (escambo). Essa atividade predatória não contribuiu para fixar população na colônia, mas foi decisiva para a destruição da Mata Atlântica.

CANA-DE-AÇÚCAR
O açúcar consumido na Europa era fornecido pelas ilhas da Madeira, Açores e Cabo Verde (colônias portuguesas no Atlântico), Sicília e pelo Oriente, mas a quantidade era muito reduzida diante da demanda.
Animada com as perspectivas do mercado e com a adequação do clima brasileiro (quente e úmido) ao plantio, a Coroa, para iniciar a produção açucareira, tratou de levantar capitais em Portugal e, principalmente, junto a banqueiros e comerciantes holandeses, que, aliás, foram os que mais lucraram com o comércio do açúcar.
Para que fosse economicamente viável, o plantio de cana deveria ser feito em grandes extensões de terra e com grande volume de mão-de-obra. Assim, a produção foi organizada em sistema de plantation: latifúndios (engenhos), escravidão (inicialmente indígena e posteriormente africana), monocultura para exportação. Para dar suporte ao empreendimento, desenvolveu-se uma modesta agricultura de subsistência (mandioca, feijão, algodão, etc).
O cultivo de cana foi iniciado em 1532, na Vila de São Vicente, por Martim Afonso de Sousa, mas foi na Zona da Mata nordestina que a produção se expandiu. Em 1570, já existiam no Brasil cerca de 60 engenhos e, em fins do século XVI, esse número já havia sido duplicado, dos quais 62 estavam localizados em Pernambuco, 36 na Bahia e os restantes nas demais capitanias. A decadência se iniciou na segunda metade do século XVII, devido à concorrência do açúcar holandês. É bom destacar que nenhuma atividade superou a riqueza de açúcar no Período Colonial.
OBS. Apesar dos escravos serem a imensa maioria da mão-de-obra, existiam trabalhadores brancos remunerados, que ocupavam funções de destaque, mas por trabalharem junto aos negros, sofriam preconceito. 

SOCIEDADE AÇUCAREIRA
A sociedade açucareira nordestina do Período Colonial possuía as seguintes características:
- Latifundiária.
- Rural.
- Horizontal.
- Escravista.
- Patriarcal
OBS. Os mascates, comerciantes itinerantes, constituíam um pequeno grupo social.

MINERAÇÃO
A mineração ocorreu, principalmente, nos atuais estados de Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, entre o final do século XVII e a segunda metade do século XVIII.

OURO
Havia dois tipos de exploração aurífera: ouro de faiscação (realizada nas areias dos rios e riachos, em pequena quantidade, por homens livres ou escravos no dia da folga); e ouro de lavra ou de mina (extração em grandes jazidas feita por grande quantidade de escravos). 
Intendência das Minas era o órgão, independente de qualquer autoridade colonial, encarregado da exploração das jazidas, bem como, do policiamento, da fiscalização e da tributação.

Tributação
A Coroa exigia 20% dos metais preciosos (o Quinto) e a Capitação (imposto pago de acordo com o número de escravos). Mas como era muito fácil contrabandear ouro em pó ou em pepita, em 1718 foram criadas as Casas de Fundição e todo ouro encontrado deveria ser fundido em barras.
Em 1750, foi criada uma taxa anual de 100 arrobas por ano (1500 quilos). Sempre que a taxa fixada não era alcançada, o governo poderia decretar a Derrama (cobrança forçada dos impostos atrasados). A partir de 1762, a taxa jamais foi alcançada e as “derramas” se sucederam, geralmente usando de violência. Em 1789, a Derrama foi suspensa devido à revolta conhecida como Inconfidência Mineira.

DIAMANTES
No início a exploração era livre, desde que se pagasse o Quinto. A fiscalização ficava por conta do Distrito Diamantino, cujo centro era o Arraial do Tijuco. Mas, a partir de 1740, só poderia ser realizada pelo Contratador Real dos Diamantes, destacando-se João Fernandes de Oliveira. Em 1771 foi criada, pelo Marquês de Pombal, a Intendência Real dos Diamantes, com o objetivo de controlar a atividade.

SOCIEDADE MINERADORA
A sociedade mineira ou mineradora possuía as seguintes características:
- Urbana.
- Escravista.
- Maior Mobilidade Social
OBS. 1- Surgem novos grupos sociais, como, tropeiros, garimpeiros e mascates.
          2- Alguns escravos, como Xica da Silva e Chico Rei, tornaram-se muito ricos e obtiveram ascensão social.
          3- É um erro achar que a população da região mineradora era abastada, pois a maioria era muito pobre e apenas um pequeno grupo era muito rico. Além disso, os preços dos produtos eram mais elevados do que no restante do Brasil.
          4- A mineração contribuiu para interiorizar a colonização e para criar um mercado interno na colônia.
PECUÁRIA
A criação de gado foi introduzida na época de Tomé de Sousa, como uma atividade subsidiária à cana-de-açúcar, mas como o gado destruía o canavial, sua criação foi sendo empurrada para o sertão, tornando-se responsável pela interiorização da colonização do Nordeste, com grandes fazendas e oficinas de charque, utilizando a mão-de-obra local e livre, pois o vaqueiro era pago através da “quartiação”. Mais tarde, devido às secas devastadoras no sertão nordestino, a região Sul passou a ser a grande produtora de carne de charque, utilizando negros escravos.

ALGODÃO
A plantação de algodão se desenvolveu no Nordeste, principalmente no Maranhão e tinha uma importância econômica de caráter interno, pois era utilizado para fazer roupas para a população mais pobre e para os escravos.

TABACO
Desenvolveu-se no Nordeste como uma atividade comercial, escravista e exportadora, pois era utilizado, juntamente com a rapadura e a aguardente, como moeda para adquirir escravos na África.

DROGAS DO SERTÃO
Desde o século XVI, as Drogas do Sertão (guaraná, pimentas, ervas, raízes, cascas de árvores, cacau, etc.) eram coletadas pelos índios na Amazônia e exportadas para a Europa, tanto por contrabandistas, quanto por padres jesuítas. Como o acesso à região era muito difícil, a floresta foi preservada.